sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

012

São Paulo, Brasil, 2001.

- Alô? – atendi o telefone.

- Robson? – era meu irmão.

- Iaê! Beleza?

- Beleza! Escuta isso!

De repente um chiado estranho.

- Ouviu? – ele estava MUITO empolgado.

- Hum...ouvi...

- Da hora né?

- O quê?

- Caraio, você num ouviu mano? Vou tocar de novo!

Chiado.

- E aí??

- Que que é isso?

- A, pára de ser mané! É aquela música do Deep Purple!

- Aaaaa... – eu estava meio confuso.

- EU COMPREI UMA GUITARRA MANO!!

- Hehehe! Da hora!

Eu nunca tinha parado pra pensar sobre “como” as músicas eram feitas. Nunca tinha parado pra pensar que “pessoas normais” podiam fazer música. Eu tinha 16 anos. Alguns meses depois, meu irmão chegou em casa com a notícia:

- Eu acabei de montar uma banda com o pessoal do condô, e você é o baterista.

- É? Legal! E o que faz um baterista? – perguntei.

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